domingo, 28 de agosto de 2011

O conceito surge da percepção. Portanto, razão e fantasia, não estão tão distantes de si.
Roberto Montechiari Werneck
O mistério do recomeço depois da experiência do mal e das eficientes mudanças para superá-lo, parece ser aquilo que possibilita a continuidade de uns e a desistência de outros.
Roberto Montechiari Werneck
O mal não pode ser maior, nem mais eficiente que o bem e, nem mesmo, igual a ele. Se creio que eles se igualam ou o que o mal pode ser maior, não há possibilidade de encontrar paz ou felicidade, pois como viver feliz ou em paz sabendo que o mal triunfará ou que sempre existirá.
Roberto Montechiari Werneck
O conceito de um único Deus, a tudo supera. Pois um deus com similares, sinceramente, não é um deus.
Roberto Montechiari Werneck
Nada em nós foge ao alcance de nossa própria vaidade.
Roberto Montechiari Werneck
A forma como nós preenchemos as lacunas do nosso conhecimento irá, em muito, definir o sentimento experimentado na vida.
Roberto Montechiari Werneck
A bondade e a beleza atraem.
Roberto Montechiari Werneck
Pode ser que, o sorriso e as brincadeiras das crianças seja tão irritante para alguns, porque denuncia a realidade do tempo que já passou.

Roberto Montechiari Werneck
O outro também pode desejar. Talvez, isso apavore muitas pessoas, imaginar que alguém que você ama possa desejar além de você.
Roberto Montechiari Werneck
Eu ainda não sei o que é a Liberdade, mas de uma coisa estou certo, o primeiro passo no sentido de experimentá-la é reconhecer o erro. Reconhecimento do erro tem haver com consciência, ou seja, tomar conhecimento de alguma coisa; mas também, pode significar o conhecimento com o outro, portanto, conhecimento que pode nos indicar o caminho do companheirismo, e o processo no qual um identificaria com o outro os limites saudáveis para a convivência. Creio que isso já seria um princípio para a Liberdade.
Roberto Montechiari Werneck

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Como está o clima?

Roberto Montechiari Werneck

Quando pensamos em clima, consideramos a temperatura de um ambiente ou de uma região. Há climas desérticos, tropicais, subtropicais etc.. Num determinado lugar está quente, no outro frio; um apresenta muita umidade, o outro, uma secura dos infernos. Todavia, há também um clima que se refere à qualidade dos relacionamentos, ao ambiente relacional experimentado em uma organização. A isto chamamos de clima organizacional. Por vezes, esse clima está insuportavelmente quente, cheio de atritos, intrigas, desentendimentos; outras vezes, está frio, permeado de indiferenças e insensibilidade, notadamente, marcado por atitudes desumanas e impessoais.
 O grande problema ou, a grande solução, é que o clima organizacional interfere diretamente na produtividade e lucratividade de uma empresa. Hoje em dia é certo que fatores subjetivos como crenças, valores, comportamentos e relacionamentos cultivados pelas pessoas no ambiente de uma empresa passam a ser determinantes para o seu fracasso ou sucesso.
Devemos estar cientes que todos sofremos a influência e influenciamos o clima organizacional. Por vezes, fazemos com que aquela sensação desagradável presente em um lugar permaneça ao repetirmos comportamentos disfuncionais e negativos.  Outras vezes, experimentamos os benefícios decorrentes das atmosferas onde se cultivam relacionamentos virtuosos e,  ao agirmos construtivamente, alimentamos o bem-estar existente e a melhora da produtividade.
 A complexidade da questão é grande, pois ao abordar a realidade do clima organizacional, buscamos uma maneira efetiva de gerarmos qualidade de vida ao mesmo tempo que melhoramos a produtividade na empresa. Vale notar, contudo, que a melhora da qualidade relacional começa quando paramos para observar a vida que temos e nos perguntamos sobre a vida que desejamos. Todos precisamos reavaliar nossas atitudes no ambiente da empresa no intuito de gerar um ambiente mais produtivo e no qual a vida seja melhor. Precisamos sempre nos perguntar se somos parte do problema ou da solução.

Ansiedade: O Ladrão Silencioso.

Roberto Montechiari Werneck
A ansiedade acompanha a humanidade desde os seus primórdios. Jesus orientava seus discípulos a não ficarem ansiosos por coisa alguma, segundo Ele, eles deveriam viver apenas um dia de cada vez e não se preocuparem com o porvir. O filósofo Sêneca testificou, ao observar a sociedade, que a expectativa do sofrimento produzia um sofrimento antecipado e mais intenso. Esopo, o escritor de fábulas, disse com propriedade que a ansiedade retirava o sabor e o prazer da vida, disse ele: “Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade."
A ansiedade é dividida em vários transtornos e fobias segundo o DSM IV (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais). Ela é uma sensação resultante de contingências em que há a expectativa de perigos ou punições reais ou imaginárias. A pessoa que sofre com a ansiedade apresenta uma tensão constante e o “medo de algo” que ela mesma não sabe muito bem como definir.
Existe a ansiedade que pode ser considerada normal, aquela que surge porque o sujeito está experimentando uma conjuntura de stress na qual se vê frente a circunstâncias difíceis ou diante de ocorrências que exigem decisões importantes. Porém, a ansiedade começa a ser considerada um transtorno quando a pessoa cultiva preocupações excessivas e pouco realistas em função de situações consideradas corriqueiras e pouco estressantes. O grande problema é que este transtorno passa a ser crônico, duradouro, levando o indivíduo a sofrer durante muito tempo, tendo somente poucos momentos de melhora e tranquilidade.
Lidar com a ansiedade de maneira saudável é fator de saúde. Negligenciá-la ou negar o prejuízo resultante de sua presença é permitir que os seus efeitos sejam mais devastadores.
Ao perceber que a sua ansiedade já se tornou um companheiro cotidiano e está prejudicando a sua vida, tenha coragem e busque auxílio. Há tratamentos específicos para este mal. Psicoterapia cognitivo-comportamental e tratamento medicamentoso podem auxiliá-lo. Tenha em mente, contudo, que a ansiedade pode roubar o melhor da sua vida, ou seja, o seu dia de hoje.

Moderno é fazer bem feito.

Por Roberto Montechiari Werneck

De fato, ontem eu aprendi que ser moderno é fazer bem feito. Vou me explicar. Tive a oportunidade de ver e ouvir o show da banda Palácio Moderno na cidade de Cordeiro, RJ.  Simplesmente, um momento de extremo bom-gosto. O repertório, impecável; a postura no palco, exata; a comunicação com o público, sinfônica.
As influências são claras e, algumas delas, cantadas. A miscelânea de soul, funk, mpb e elementos de rock, fornecem um cardápio de sonoridade em que se torna difícil manter os pés calados. Entre Sandra de Sá e Roberto Carlos, Kool & the Gang e Guilherme Arantes, surge o próprio Palácio Moderno lançando as suas bases e colunas na estrutura da música brasileira. Mesmo quando fazem cover de outros artistas, a digital da banda está lá, a música se torna deles. Em suas próprias composições, há um sabor de novidade que produz, naqueles que ouvem, uma sensação de que estão a presenciar o nascimento de uma virtude.
A simpatia dos músicos é um show a parte. Guilherme Pinheiro, vocalista, além de possuir uma voz versátil, voz de gente grande, e de um timbre excelente, é capaz de conduzir o público com uma conversa de roda de amigos. Pedro Santos, baixista, é incisivo e envolvente no desempenho das músicas, tanto tocando seu baixo quanto cantando. Daniel Drummond, guitarrista, nos faz pensar que tocar daquele jeito é fácil, faz as músicas escorrerem com sons de sorriso. Raphael Montechiari, tecladista, impressiona pela dinâmica que impõe às músicas, ele é mágico, surge e desaparece ao seu bel prazer. Os metais, à cargo de  Vitor de Medeiros (saxofone) e Arimatéia (trompete), ancoram as músicas com suas rajadas de luz (consegui traduzir dessa maneira o que ouvi). Victor Von Draxeler, baterista, bombeia o ritmo do coração de quem ouve com uma exatidão milimétrica.
Ver e ouvir a banda Palácio Moderno nos faz pensar que existe luz no fim do túnel, muita luz. Creio que ainda vamos ouvir muito sobre essa rapaziada que faz a música surgir com aquilo que ela tem de melhor.
Após ler essa pequena resenha você pode estar pensando, isso não é uma crítica. De fato, não é, se crítica for o exercício de falar mal. Diria que esse texto se encaixaria melhor como uma declaração de amor. Amei o que vi e ouvi. Portanto, convido você também a se envolver, pois como eles mesmos cantam, “quem se envolve é Sinvolvão”. Experimente.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sonhos para viver

Roberto Montechiari Werneck
 “Sonhar é acordar-se para dentro.”
Mário Quintana 
Um sonho é uma visão de como pode ser o futuro. Nele está impressa a marca da esperança e a semente de todas as transformações. Sonhamos como resposta à realidade que ainda não é. Afirmar isso é entender que um sonho é o primeiro passo para que coisas novas aconteçam.
Diante dessa afirmação, entretanto, ficam algumas questões: Quantas coisas novas têm acontecido na sua vida ultimamente? Será que você deixou de sonhar? Será que você matou, ou mataram os seus sonhos?  Esteja atento, pois deixar de sonhar é deixar de viver. Fernando Pessoa em seu Livro do Desassossego compara a morte de um sonho à prática do suicídio quando diz: "Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso".
Vale notar, ainda, que há também aqueles que estão próximos e que  são verdadeiros assassinos de sonhos. Gente pessimista, casca grossa, que tem sempre em seus lábios a declaração das impossibilidades e o hábito de vasculhar a vida alheia e profetizar fracassos. Dizem-se realistas, mas na verdade são desesperançados, gente sem brilho nos olhos e com a alma infeliz; parecem amigos, porém são pedras nos sapatos de toda caminhada rumo ao crescimento.
Tome a decisão de recuperar ou alimentar seus sonhos. Sonhe e faça de seu sonho o sonho de outros. Alimente a capacidade das pessoas ao seu redor de crer numa vida melhor e de buscá-la.
Traduza esses sonhos em vida! Sonhe, mas acorde para realizá-los. Coloque ações em seus projetos e datas em seus planos. Ao invés de deixar seus sonhos sobre os travesseiros da conformidade e da descrença, assuma a responsabilidade de vivê-los de olhos abertos.

Ensino, um processo de sedução.

Roberto Montechiari Werneck

Coisa difícil é saber sobre o desejo do outro. Na verdade, pouco sabemos sobre os nossos próprios desejos. Com certa frequência, aquilo que almejamos fica imerso num mar de estímulos que mascaram a real face de nossas vontades. Quantas vezes, quando questionados sobre as razões de fazermos alguma coisa, somos surpreendidos pela nossa falta de conhecimento sobre nós mesmos ou sobre as nossas motivações. Entretanto, vale notar que é preciso que compreendamos que o nosso fazer, para ser fonte de autêntica satisfação, deve ser um comportamento consciente; observe ainda que o nosso fazer, para ser estímulo motivador, deve ser expressão de alegria.
Como educadores devemos ter em mente que ao ensinarmos deixamos vazar nossos desejos e nossas hesitações. Portanto, ao educador é necessário uma compreensão sempre maior sobre seus atos e sobre suas legítimas motivações. No momento em que sinto prazer ao ensinar determinado conteúdo ou empreender alguma ação, estou sinalizando aos meus alunos um caminho possível para o seu próprio fazer e sentir.

Esta questão deixa claro que uma das maneiras de aprender é aprender com. Essa aprendizagem é identificada como aprendizagem vicária, ou seja, aprendemos ao observar o comportamento do outro e as suas consequências. Todos aprendemos dessa forma no decorrer de nossas vidas. Com relação à aprendizagem escolar, com certeza, você ainda se lembre daquele professor que foi fonte de inspiração por causa do jeito que ensinava e de como apresentava o conteúdo de sua matéria. Você via a sua alegria e o seu entusiasmo ao ensinar, isso o levou a e se predispor a superar as limitações e dificuldades próprias daquela matéria no intuito de alcançar o prazer desfrutado por aquele que a ensinava.

Por essa razão, considero que ensinar deva ser um processo de sedução, um convite à novidade de uma nova experiência e à beleza inerentes ao conhecer. Para isso, é imprescindível que o educador cultive o entusiasmo pela sua prática e tenha a habilidade de transformar regras e conteúdo científico em um banquete no qual seus alunos possam se deliciar.

Seduzir exige investimento e dedicação. Fazer com que o conhecimento seja atraente e significativo requer do educador a habilidade de conhecer-se e perceber o quanto seu agir influencia seus alunos, bem como, exige a arte de se reinventar quando percebe que seu fazer a ninguém encanta.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma grata surpresa

Roberto Montechiari Werneck
Vendo a maneira como as pessoas são impiedosamente julgadas em seus deslizes e falhas, e percebendo a incompreensão como marca profunda nos relacionamentos, me vi levado a refletir sobre a misericórdia. De fato, ela é uma coisa muito estranha, por muitos considerada absurda, levando em conta os valores e padrões que norteiam o dia a dia em nosso mundo.  A multiplicação da injustiça e a proliferação da perversidade fazem com que as vozes se unam em prol do discurso da retribuição equivalente, do “olho por olho e dente por dente”. A misericórdia, contrária a este discurso, pode ser compreendida como a atitude de alguém que é capaz de se interessar pelo necessitado e de ir ao seu encontro. Esta ação desconsidera os seus méritos ou vicissitudes.
Portanto, pensando sobre a misericórdia, cheguei à conclusão que ela é algo que eu expresso e não algo que eu possa esperar das pessoas. Pois, seria uma exigência inadequada eu esperar que o outro saia do seu conforto, de sua higiene e superioridade para vir habitar comigo em minha miséria e necessidade. Como posso esperar que alguém destine seu precioso tempo para me compreender e tenha paciência para esperar que a minha ignorância se transforme em luz. Por essa razão, a misericórdia é sempre uma grata surpresa, um susto na regularidade da vida que acontece sob o paradigma da meritocracia.
O poder da misericórdia está exatamente na identificação com a humanidade do outro e na disposição de apontar o caminho a partir do ponto de vista que está na mesma altura. A misericórdia se manifesta mais apropriadamente entre humanos, entre gente que sabe de todas as suas próprias limitações e que, portanto, entende as lutas de seu semelhante. É na declaração do Deus que se faz homem que encontramos essa verdade, pois a sua misericórdia só poderia ser expressa, adequadamente, se Ele se fizesse como nós para experimentar em Si mesmo os paradoxos de ser humano.
Com o tempo tenho me interessado por este caminho absurdo. A sua beleza quando compreendida é constrangedora e reorienta a vida. Como foi dito, ela é uma grata surpresa que desejo proporcionar a outros, já que esperá-la poderia se tornar em profunda frustração.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Pensando sobre a verdade

Como nos enganamos! Desejamos respostas que nos apazigúem a alma, procuramos aqueles que irão respaldar nosso comportamento ou que nos responderão adequadamente, confortavelmente. Entretanto, na busca da verdade temos que estar dispostos a passar pelo desconforto de sermos questionados e ouvirmos respostas diferentes daquelas que conhecemos.
Roberto Montechiari Werneck
Se não minto, estou liberto. A verdade que liberta é aquela que me leva a assumir a minha própria condição.
Roberto Montechiari Werneck
O melhor caminho é o caminho dos justos. Neste caminho podemos encontrar paz quando o seguimos e perdão quando erramos.
Roberto Montechiari Werneck
Algumas pessoas dizem que Deus é um ser caprichoso e mimado, mas fico pensando, um deus caprichoso e mimado já teria nos aniquilado.
Roberto Montechiari Werneck